História extraída do livro “Ordens do Amor” de Bert Hellinger.
Um jovem pergunta a um ancião:
“O que distingue você, que quase já foi, de mim, que ainda serei?”
O ancião respondeu:
“Eu fui mais.”
De fato, o dia jovem que surge parece ser mais do que o velho, pois este já foi antes dele.
Todavia, embora ainda esteja nascendo, o dia novo só poderá ser o que o velho foi, e tanto mais quanto mais o outro tiver sido.
Como o outro fez, em seu tempo, ele sobe verticalmente até o meio-dia, atinge o zênite antes do pleno calor e parece ficar um certo tempo no alto, até que – quanto mais tarde, melhor – mergulha profundamente na tarde, como que arrastado por seu peso crescente, e se consumará quando, como o velho, tiver sido plenamente.
Entretanto, o que já foi não passou; porque foi, permanece. Embora tenha sido, ele atua e se acresce através do novo que o sucede.
Como a gota redonda de uma nuvem que passou, o que já foi mergulha num oceano que permanece.
Somente o que nunca se realizou, porque foi apenas sonhado, não vivido, apenas pensado, mas não feito, apenas idealizado, mas não pago como preço pelo que foi escolhido: somente isso passou; disso, nada nos resta.
O Deus do momento oportuno nos aparece, portanto, como um jovem com uma franja na frente e uma careca atrás.
Pela frente, o seguramos pela franja.
Por trás, tateamos no vazio.
O jovem perguntou:
“Que devo fazer, para me tornar o que você foi?”
O velho respondeu: “Seja!”
Bert Hellinger
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